segunda-feira, 28 de março de 2011

Análise de concorrentes - E-commerce

Nos dias de hoje é muito complicado saber exatamente quem são seus concorrentes e como se defender deles, por isso com o passar dos anos inúmeros estudiosos das áreas de finanças, administração, marketing e design vêem estudando maneira de entender e prever os movimentos de seus oponentes de mercado.

Norteado por estes conceitos podemos começar uma análise da concorrência, considerando atualmente como concorrência do meu projeto os sites de e-commerce presentes na internet destinados à visualização através de computadores, pois, anda não há dados consistentes sobre este tipo de aplicação voltada para a exibição e manipulação através da TV.


Obviamente os princípios serão os mesmos, pois tem a mesma base (o comércio tradicional nas lojas físicas) e muitas das estratégias de atração/retenção de consumidores serão as mesmas por isso as diferenças geradas pela mídia de saída (os televisores) são muito poucas.


A análise será feita utilizando a decantação de elementos como mostrada no livro Brandsense, de Lindstrom desconstruindo a página, demonstrando assim quais de seus elementos realmente têm importância individual e quais apenas agem como auxiliares a outros.


Os sites estudados foram: Americanas.com, RicardoEletro.com.br, Submarino.com.br, Wallmart.com e Wallmart.com.br.


Os principais elementos encontrados nas páginas, e sua separação, se deram da seguinte maneira:


Imagem -
Exceto por algumas imagens de pessoas em banners promocionais a maior parte das imagens encontradas em páginas de comércio eletrônico são os produtos, sempre aparecendo em fundo branco.

Como o principal objetivo dos sites é vender seus produtos e a principal maneira de expor é através de suas fotos, o que temos em todos os sites são dezenas de imagens de produtos, que buscam manter sempre uma proporção para gerar equilíbrio, mas, que muitas vezes são pequenas demais (principalmente se o produto em questão for grande, neste caso tende a perder mais detalhes) para que haja o maior aproveitamento possível do espaço.



Para que estas imagens sejam vistas em tamanho grande deve-se clicar no produto e ir para a sua página individual, neste caso o cliente já recebe outras informações sobre o produto como condições de pagamento, facilidades e destaques do produto em uma tentativa da loja de gerar um impulso de compra no consumidor.


Apesar desta organização das imagens, a grande quantidade de fotos pequenas com certeza causa confusão no consumidor, principalmente se considerarmos a grande quantidade de texto próxima a cada miniatura (que será discutida a seguir).

Outras imagens encontradas com alguma freqüência nos sites são ícones que representam algumas funcionalidades e facilitam a navegação, principalmente na área restrita e outras onde há uma maior quantidade de opções.



Cor –
As cores têm muita importância nas vendas, mas, diferente do varejo onde as embalagens fazem a maior diferença, pois os vários produtos estocados nas prateleiras devem estar protegidos, tanto para transporte quanto da manipulação dos consumidores, nas lojas virtuais a exposição dos produtos é feita diretamente.

Neste caso nós temos um problema, pois em geral os produtos que devem ter cores sóbrias e pouco destaque (como eletrodomésticos e outros que fazem parte de um conjunto no lar) costumam utilizar estratégias de cores e elementos em suas embalagens para chamar a atenção e todo este esforço é perdido na venda online.


Para remediar isso é utilizado predominantemente o branco como fundo das seções, sendo as outras cores apenas complementares em menus, banners e no topo do site. A cor predominante junto com o branco costuma variar de acordo com a identidade visual da loja. Esta cor ajuda a identificar a marca cujo site pertence (exemplo, o vermelho das Americanas.com, o amarelo da Ricardo Eletro e até mesmo os diferentes tons de azul das casas Bahia e do Submarino).


Outro problema que aparece com freqüência em relação às cores são as diferenças que ocorrem em geral nos monitores, levando as pessoas a visualizarem as cores de um produto de maneira diferente do que ele é realmente (principalmente nas vendas de roupas e outros acessórios cosméticos) onde temos um grande índice de insatisfação devido estas diferenças.


Uma peculiaridade percebida foi em relação às diferenças entre os sites do Wallmart Brasileiro e americano. No site nacional temos uma presença muito maior da cor azul, enquanto no americano o branco é a cor predominante, com muito mais espaço para respiração, deixando o site mais leve.


Forma –
Todas as lojas on-line seguem um mesmo padrão de forma e podemos dividir todos os sites em topo, menu lateral, miolo e rodapé. Claro que a maioria dos sites da web pode ser dividida nestes elementos clássicos, mas, devemos perceber que neste caso é uma via de regra os sites serem assim, e estamos falando em toda uma categoria disposta desta mesma maneira.

A utilidade do topo é manter a identidade da loja (não vamos esquecer que a compra online necessita de confiança por parte do consumidor, por isso a marca que endossa a loja deve sempre aparecer em destaque, gerando esse vínculo de confiabilidade com o cliente), além de alguns menus de destaque como o carrinho e os dados de login do usuário e o acesso para a área restrita.

O topo costuma não ter muita altura, pois com a tendência de horizontalizar a visualização com monitores widescreen (aspecto 16:9) e o grande número de utilitários nos browsers, um topo de grande altura correria o risco de ser a única coisa.


O menu lateral (sempre na esquerda) fica presente desta maneira devido ao grande número de itens presentes em uma loja virtual de varejo.

Alguns sites disponibilizam uma versão reduzida do menu (apenas com as seções principais) no topo enquanto outros utilizam o menu escondido, estilo drop-down aparecendo apenas quando se interage com ele, passando com o cursor do mouse sobre ele (o que parece contradizer a lógica das lojas, escondendo seu produto).


Com a diversificação das lojas online que hoje vão além da venda de produtos, oferecendo também serviços, a tendência são menus cada vez maiores e menos espaço, além de menor organização da informação.
Uma característica interessante foi vista nas diferenças entre os sites do Wallmart (americano e brasileiro), pois no site americano houve um agrupamento maior de itens (em média três itens por grupo de menu, como por exemplo: Movies, Music & Books) enquanto no brasileiro temos um número maior de itens individuais, o que aumenta muito o tamanho do menu.

A versão americana também utiliza menu drop-down, para diminuir seu tamanho.
No miolo do site temos os produtos.

Na home os principais destaques e promoções, junto com alguns banners e nas seções internas temos a disposição de dezenas de produtos como “prateleiras” e o texto informativo sob as fotos de cada um. Este padrão está em todos os sites.



No rodapé as informações costumam variar de site para site, mas em geral são muitas. Certificados de segurança e de entidades regulamentadoras da internet, tipos de pagamentos aceitos, mapas do site e menus simplificados, nuvens de tags, entre outros, estão entre os mais comuns.
Além disso, costuma ser a área onde as pessoas encontram a ajuda e o contato com a loja virtual.

Nome / Língua –
A linguagem utilizada pelos sites de comércio virtual é sempre a mesma: a linguagem das vendas. O mínimo de informação possível, que não seja sobre os valores dos produtos, e muito destaque para algumas palavras chave como “promoção”, “queima”, “oferta” etc.

Existe pouco texto corrido, até mesmo nas páginas individuais dos produtos, já que as lojas de varejo apenas revendem os produtos, o texto descritivo é responsabilidade da fabricante, logo a maioria do texto fica limitada a especificações técnicas.

A grande quantidade de textos de promoção (“de:”, “por:”, “em x vezes” etc.) acaba aumentando seu volume em uma quantidade desnecessária, além de prejudicar o entendimento e a cognição não apenas do valor dos produtos, mas também da página como um todo (claro que isso é proposital, induz as pessoas ao erro).

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