A artista que já tem mais de 12 exposições individuais e muitas outras coletivas foi a primeira artista brasileira a vender uma performance em 1995, “Quadris”.
Onde duas pessoas encaixadas deslocavam-se como um caranguejo pelo espaço.
Sendo catalogada pelo Museu de Arte Moderna de São Paulo como performance na coleção, a artista rejeita a terminologia.
“Nunca encontrei nenhuma palavra satisfatória. Tenho um glossário interno em minha obra que me serve muito bem” afirma. Assim como Helio Oiticica, que sempre rejeitou a palavra instalação para chamar suas obras. Ao invés usava termos como sistemas espaciais e parangolés.
Assim como Hélio Oticica com seus parangolés que propunham uma aproximação estética com o cotidiano onde o corpo apresenta-se como um receptáculo de informações que se expande no comportamento e na aparência que transita no espaço (Revista FAMECOS • Porto Alegre • nº 37 • dezembro de 2008 - Luisa Paraguai.) Laura Lima se destaca por propor um imaginário povoado por pessoas-esculturas e metáforas que jogam com opostos que habitam a vida e a arte – organização e caos, razão e loucura, labor e contemplação permeiam as quatros obras "O mágico nu", "Pelos + Rede", "Baixo" e "Escolha".
"O mágico nu"
"Baixo"
Laura Lima não utiliza tecnologia em suas artes, mas faz com que por estímulos mais tradicionais como cores e formas suas obras também sejam consideradas multissensoriais.
Em “Escolha”, que era o último sistema espacial da exposição, sua visitação era de livre escolha do público. O qual decidia visitar ou não a obra. Era um espaço que possuia um mistério, uma surpresa para quem decidia interagir com o espaço e sem nenhum aviso do que se tratava a obra. No espaço o público ficava livre para descobrir e explorar em meio ao breu e em meio ao que a escuridão podería proporcionar.
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