segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Poéticas da Percepção

Esculturas para ver, pegar, cheirar, ouvir e até comer. Os cinco sentidos foram explorados na exposição interativa "Poética da Percepção", que durou até 13 de julho no Museu de Arte Moderna do Rio (MAM). O passeio sensorial permite o visitante ter experiências como a proposta de Eliane Prolik, criadora de uma máquina que oferece esculturas comestíveis, que são, na verdade, balas que se moldam ao céu da boca.

A exposição trouxe as famosas Máscaras Sensoriais de Lygia Clark e a obra Narizes e Línguas, de Lygia Pape, composta de cinco caixas de madeira com essências e duas telas com pães franceses. Já o tato, um dos mais explorados sentidos no evento, pode ser testado com esculturais feitas de texturas, no mínimo, inusitadas, como lâminas de barbear, sangue e até urina.
















Eliane Prolik desafia o paladar com esculturas comestiveis
da obra No
Mundo Não Há Mais Lugar, em que balas se moldam ao céu da boca.





















Narizes e Línguas: a obra de Lygia pape

reúne 5 caixas de madeira com essências
e duas telas com pães franceses.






















De Helio Oiticica, o Bólide Olfá
tico é um saco de café
com um tubo de borracha para saborear o aroma.















Cominho, pimenta, gengibre, açafrão sao ingredientes
da obra de Ernesto Neto.



Portuguese Pavillion - Expo Zaragoza 08

A exibição internacional Expo Zaragoza 2008 aconteceu durante três meses (14 de junho - 14 de setembro) na Espanha, onde o tema era "Water and Sustainable Development".

O espaço do Pavilhão Português criado era versátil e permitia mudanças de acordo com a participação e a escolha do público. As três principais salas, "Alert, Consciousness and Change", exploravam a água e a sustentabilidade e dava destaque à um "rio" vermelho que ajudava o público a se guiar pela exibição.


sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Audio-books em 3D fazem as pessoas se sentirem dentro da história



Para explicar em poucas palavras, é uma técnica de gravação de áudio que mistura equipamentos adequados, posicionamento, panorama, que simula os sons da narração como se fosse o ambiente real da cena com toda profundidade e alcance, ouça um exemplo -talvez o mais famoso-no vídeo acima, com fones a experiência é ainda melhor.
3D am áudio livros é novidade mundial. O primeiro foi de Stephen King. No Brasil o primeiro foi lançado na Bienal “A chave do grande mistério” da genial autora luso-americana Rosa de Souza. Rosa é portuguesa, passou a vida nos Estados Unidos e hoje em dia vive em Santa Catarina.
Profunda conhecedora das ciências ocultas, neste trabalho, Rosa mistura ocultismo, suspense, egiptologia, numa trama intrincada e que envolve naturalmente o ouvinte pela quantidade de conhecimentos. Quem já leu “O código da Vinci” sabe a atração que os assuntos herméticos exercem.
Possível candidato a best-seller. No carro a sensação é indescritível, dá pra esquecer do trânsito numa boa.

Fonte: Portal Exame

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Silent Disco

Wayne Hemingway & Son – ‘Sculpture Remixed’

Designer Wayne Hemingway & Son will radically transform one half of Tate Liverpool’s second floor gallery. Designed to counteract the perception of galleries as stuffy, formal spaces, Hemingway & Son will juxtapose figurative sculpture with an interactive disco environment. 25 life-size sculptures, from the late 19th century to the present day, will tell the story of the human body as represented through sculpture. These works will be presented in an innovative and exciting way: a light-up dancefloor will occupy the centre of the space and visitors will be invited to take part in a silent disco. To provide an alternative gallery experience visitors can pick up wireless headphones and listen to specially-selected tracklists. Hemingway & Son experiment with innovative and quirky ways to present the artworks – ambient lighting, mirror balls, specially created plinths and a dancefloor designed by Kathrine Sandys (Liverpool Institute for Performing Arts). Highlights include Edgar Degas’ Little Dancer Aged Fourteen (1880-1), Germaine Richier’s Shepherd of the Landes (1951, cast 1996), Antony Gormley’s Three Ways: Mould, Hole and Passage (1981), and Ron Mueck’s Ghost (1998).







segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Exposição No Ar - 50 anos do grupo RBS

Meio Século de história ao alcance de todos. Assim foi a exposição NO AR 50 ANOS DE VIDA. Através dos fatos mais marcantes dos últimos cinqüenta anos, os expectadores puderam fazer uma viagem interativa e participativa pelos acontecimentos históricos e pela história do Grupo RBS.

A exposição ocorreu em Porto Alegre e marcou as celebrações do cinqüentenário do Grupo RBS.
Reuniu milhares de fotografias, páginas de jornal e outros conteúdos, além de centenas de horas de imagens e áudios históricos.


O curador, designer e documentarista Marcello Dantas teve uma participação muito importante.


Algumas das características mais marcantes do seu trabalho como a potencialização de conteúdos históricos com uma gramática altamente imersiva onde a sensorialidade e a percepção são enfatizadas, estiveram presentes na exposição e fizeram toda a diferença.



“NO AR é como o nosso imaginário, mistura ficção com realidade, tempos, lugares próximos e distantes, torna íntimos os desconhecidos e nos identifica com coisas que não vivemos. Entrar nesta exposição é se ofertar a uma experiência imersiva de história contemporânea, e se permitir reviver momentos fundamentais da história de cada um.”
Marcello Dantas

O uso de tecnologia e de recursos de interatividade valorizou os conteúdos apresentados e a experiência do público durante a visitação.

Na exposição era possível encontrar capa de jornal de 50 anos atrás. Através de super computadores que permitiam que o visitante escolhesse datas importantes ou fatos históricos e fizesse a viajem a este dia através da capa do jornal zero hora.

Uma linha do tempo desenhada nas paredes de 10 corredores era intercalada por televisões, e estas permitiam que o espectador revisse reportágens, trechos de novelas, finais de copas.... Assim voltando no tempo e revivendo fatos que foram importantes para cada um ou para o mundo.

Ainda era possível encontrar salas de áudio com programas de rádio de até 40 anos atrás.

Confira mais no http://www.noar50anosdevida.com.br/site/content/exposicao/Default.aspx

Carsten Nicolai aka Alva Noto

Alva Noto é o nome artístico de Carsten Nicolai, artista audiovisual alemão que concilia som com luz em uma só energia. Seus insights vem de hardwares, softwares, matemática e ciência. Ele descreve o que faz como composição (tipo musical) gráfica, ele procura ferramentas visuals que criem imagens geradas pelo som.

Um projeto que chamou atenção foi sua instalação ‘Syn Chron’ apresentada em 2005. Nesta instalação, os visitantes puderam experimentar livremente sua obra e ressonância enquanto andavam pela instalação.

Além do que conhecemos como som o áudio também pode gerar imagens. O som tem um importante papel na estimulação da imaginação e assim o criador deste tipo design pode descobrir um diferente poder que vem da imaginação humana.





Feelings are facts

De Olafur Eliasson e Ma Yansong

Ullens Center for Contemporary Art, Pequin


Esta colaboração desafia nossos hábitos de orientação espacial. Nossa visão é o sentido padrão para navegar. Dentro desta instalação os visitantes se sentem inseguros devido à redução da visibilidade sugerindo novos modelos de percepção.

Os corredores do Ullens Center ficam cheios de uma nevoa artificial e há iluminação com lâmpadas fluorescentes nas cores vermelho, azul e verde. Estes espectros de luz nessas cores não existem na natureza mas enquanto as pessoas caminham pelo espaço as sensações se tornam reais.

A estrutura física do ambiente foi modificada, abaixou-se o pé direito e criou-se relevo no chão. Os visitantes reajustavam seu equilíbrio, adaptando sua postura e peso.

Isto mostra o importante papel do corpo em movimento na percepção dos nossos arredores.


Fonte

domingo, 22 de agosto de 2010

Gringo Cardia e o Museu das Telecomunicações

Gringo Cardia, designer, artista gráfico, cenógrafo, arquiteto, diretor de arte, diretor de videoclipes, teatro, ópera e desfile de moda.


Dirige a produtora Mesosfera com sua irmã, Gringa Cardia, no Rio de Janeiro. Criou, em 2000, a ONG Escola Fábrica de Espetáculos – Spectaculu, com a atriz Marisa Orth, para capacitar alunos de comunidades de baixa renda em técnicas de artes visuais. Desde então, inseriu no mercado de trabalho, em mais de 1400 vagas de trabalho, vários jovens de 16 a 22 anos. Eles se formam como técnicos de iluminação, cenotécnicos, aderecistas, entre outros.


Trabalha em projetos gráficos e de cenografia, videoclipes e direção de shows dos maiores artistas brasileiros, como Maria Bethânia, Marisa Monte, Chico Buarque, Rita Lee, Daniela Mercury, Gilberto Gil, Marcelo D2, Carlinhos Brown, Tom Jobim, Lulu Santos, Skank, Marina Lima, Xuxa, entre outros. Já dirigiu mais de 50 videoclipes (musicais e institucionais), no Brasil e no exterior, incluindo o da Campanha Internacional da Anistia e outros do selo Gigolô Records.


Em cenografia de teatro, já trabalhou em mais de 100 peças com diversos diretores brasileiros, entre eles José Celso Martinez Correa, Antonio Abujamra, Amir Haddad, Bia Lessa, Hamilton Vaz Pereira, Domingos Oliveira, Gabriel Villela, Hector Babenco, Mauro Rasi, Miguel Falabella, Enrique Diaz, Denise Stocklos. Em 1993, concebeu a cenografia peça Sonho de uma noite de verão, dirigida pelo diretor alemão Werner Herzog, no Rio de Janeiro.

Seus trabalhos internacionais de maior destaque são os cenários e direção de arte que concebe para os espetáculos da Companhia de Dança Deborah Colker. Em 2001, o grupo recebeu o Prêmio Laurence Oliver, no Reino Unido. Desenvolve também os projetos de itinerância da exposição Amazônia Brasil e está assinando a direção de arte e cenografia do novo espetáculo do Cirque du Soleil, com direção de Deborah Colker, que estreará em 2009, no Canadá. Ainda neste ano de 2008, elabora o cenário da peça Amazônia, que será encenada no Young Vic Theatre, em Londres, onde também assina direção geral e design do show do grupo Afroreggae, em parceria com o Barbican Center.


Dirigiu e cenografou vários desfiles, na São Paulo Fashion Week e no Fashion Rio, para as grifes Fórum, Triton, Salinas, Rygy, além dos estandes do Sebrae e da empresa Natura.


Concebeu projetos de várias exposições, destacando-se a criação, o design, a arquitetura e os vídeos do Museu das Telecomunicações, da empresa OI, no Rio de Janeiro e em Belo Horizonte.


Entre outras exposições planejou, com Bia Lessa, o Pavilhão Brasileiro na “Expo 2000”, em Hannover (Alemanha). A exposição “Amazônia Brasil/Projetos Positivos”, com 6.000m2, percorreu vários locais do mundo: São Paulo; Rio de Janeiro; Mariana; Paris (Palais de La Decouvert), em 2005; Suíça (Lausanne), em 2006; e Munik (Bavarian Park), em 2007. A mostra será exibida também em New York / Manhattan (Píer 17), em abril de 2008. É um dos realizadores da expo “Estética da Periferia” — um olhar sobre a produção visual das periferias urbanas do Brasil —, ao lado das sociólogas Heloisa Buarque de Hollanda e Eva Doris. A exposição já foi realizada no Rio de Janeiro e em Recife, em 2007; e futuramente será apresentada em Salvador, São Paulo, Belo Horizonte e Vitória.

Desenvolveu diversos projetos de design para a joalheria H. Stern, como as vitrines do Natal de 2001 para a loja localizada na 5a Avenida, em Nova York.


Seu trabalho publicado em várias revistas internacionais, como recentemente, na Where is Here, da Scott Makela / USA.


Faz a direção de arte, cenografia e videografismo de vários eventos e festivais: Prêmio de Futebol Craque do Brasileirão, ABIT de Moda, Prêmio TIM de Música, Prêmio Afroreggae/Orilaxé, Prêmio Sharp de Música, Hutúz - Prêmio Brasileiro de Hip-Hop e Cultura Negra, Rio Cena Contemporânea – Festival Internacional de Teatro do Rio de Janeiro, e VMB MTV.


Ganhou vários prêmios: Shell, Tim, APCA – Associação Paulista dos Críticos de Teatro, Festival de Cinema de Brasília, Sharp, Apetesp, VMB Brasil, VMB USA 1990. Foi indicado à Personalidade do Ano, Prêmio ‘’Faz a Diferença’’ do jornal O Globo, pelo trabalho que desenvolve junto com Marisa Orth na escola Spectaculu.


Em 2007, foi convidado pelo Centro Cultural dos Correios, por Heloisa Buarque de Hollanda e Eva Doris para realizar a exposição “Gringo Cardia de todas as tribos”, em homenagem aos seus 30 anos de trabalho nas artes visuais do Brasil. A exposição será apresentada também em Minas Gerais, em 2008, e em São Paulo.



O Museu das Telecomunicações no 6o andar do prédio Oi Futuro, no Rio. É uma exposição permanente com interatividade, multimídia e objetos que contam a história das telecomunicações. Antes de entrar no museu, um grande painel, como uma "babel" de aparelhos e displays , mostra um pouco do que o visitante verá no Museu.

Painel - "babel" de displays e aparelhos

Na entrada do Museu, o visitante recebe um aparelho portátil com fones de ouvido que informa sobre cada instalação; este aparelho toca o som dos filmes exibidos, com narrações originais.

Imagens da abertura

A principal característica do Museu é a densidade de instalações multimídia, objetos e informação. Uma das instalações é um bom exemplo desta densidade: uma longa Linha do Tempo interativa. Nela o visitante pode selecionar, através de um "slider", uma época marcante na história das telecomunicações, e assistir um video/animação sobre os fatos daquela época. A tecnologia da Linha do tempo foi criada por Russ Rive; é um slider que escorrega sobre uma caixa que contém sensores magnéticos. Quando o visitante pára num ponto, o ímã do slider ativa um sensor, e um circuito customizado aciona um capítulo de DVD. Ao todo são 45 capítulos, conteúdo para ser visto em mais de uma visita ao Museu.

Linha do Tempo

Além de instalações e vídeos, há mais de 200 peças no Museu; telefones públicos, aparelhos, fichas e cartões telefônicos, cabines, computadores antigos e até um Theremin. O Theremin é um instrumento inovador, muito interessante e pouco conhecido; apenas com as mãos no ar, podemos controlar as notas e o volume do som.



Theremin e Profetas do Futuro

Na sala Profetas do Futuro, o visitante entra em uma sala individual, senta numa poltrona e aciona um vídeo com rostos de visionários das artes e da ciência, como Leonardo da Vinci, Einstein, Goethe e o brasileiro Oscar Niemeyer. Os rostos de atores são projetados em uma cabeça virtual.

A coordenação geral é de Gringo Cardia, que comandou uma grande equipe com talentos de diversas áreas; e o desenho multimídia é de Marcello Dantas.




Exposição coletiva “Livros...”





Em uma exposição coletiva sobre os livros, oito artistas se reúnem para explorá-los como objetos de artes, onde a pessoa pode usar o olfato, tato, visão e audição, além da imaginação. Estes utilizaram varias técnicas e materiais na execução de suas propostas, desde desenho, gravura, fotografia e assemblage. O resultado são obras multissensoriais – algumas são interativas, outras efêmeras.

Destaca-se Murilo Maia, um dos oito artistas visuais e quem organizou o evento, expondo um livro feito de velcro, onde suas páginas ficam grudadas umas nas outras e fazem barulho ao serem manipuladas. Um livro que pode ficar em silêncio, mas pode fazer muito barulho se bem utilizado.

Cartazes e o FIB

O Reinado de Butão mede seu desenvolvimento através da FIB, a Felicidade Interna Bruta. O governo butanês acredita que a felicidade e bem estar de sua população são os valores mais importante. A FIB serve de consciência nacional do pais.

Em uma tentativa de mostrar e lembrar o carioca da importância da felicidade, uma exposição de cartazes sobre e para a felicidade ficará espalhada pela cidade. Os cartazes existirão nas ruas e na internet. Um site também será criado para divulgar o projeto e dar mais visibilidade aos cartazes. Pessoas poderão submeter cartazes que aparecerão no site e os melhores/favoritos serão produzidos e expostos.

AgênciaClick leva experiência multisensorial a evento de marketing em Florianópolis


Uma experiência interativa e divertida. Assim pode ser definido o ZoomZoomZoomRoom, ambientação desenvolvida pela AgênciaClick em conjunto com a produtora multimídia SuperUber, no Business Center do Marketing Networking Brasil – evento que reuniu recentemente, em Florianópolis, os mais importantes profissionais de marketing do País. Em telões interativos, os convidados interagiram com a projeção, alternando pílulas com conceitos de comunicação digital e as imagens feitas durante todo o evento. Quem passou pelo espaço pôde ter uma experiência multisensorial ao procurar as suas próprias fotos, por meio de sensores de movimento. “A inusitada ação da AgênciaClick chamou a atenção dos visitantes pela inovação, sendo o grande zumzumzum do evento”, explica Ana Maria Nubié, VP de Atendimento da AgênciaClick.

Além de acompanhar as imagens, os visitantes fizeram parte da instalação – uma maneira criativa de interação com o espaço e entre os participantes do evento. “Por meio dos sensores de movimento foi possível proporcionar uma experiência diferente a todos. As pessoas se divertiram muito ao procurar suas próprias fotos”, afirma Marcelo Pontes, diretor da SuperUber.

Fonte: http://clickaqui.agenciaclick.com.br/profiles/blog/show?id=924212%3ABlogPost%3A57562

Arte em todos os sentidos

A nova unidade da butique Bosco di Ciliegi, um dos mais importantes e luxosos varejistas russos de moda em Moscou, foi criado pelo designer egípcio Karim Rashid, com toda a criação de um ambiente repleto de referências à arte e à cultura digital trazendo um maior estímulo ao consumo do mundo contemporâneo. O local escolhido para tal unidade foi o novo Vesna Mall, que havia sido entregue com paredes brancas, piso de mármore e sistemas de iluminação e ar-condicionado já instalados.

Houve toda a reestruturação do ambiente com um padrão digital de grandes dimensões, que lembra um tipo tradicional de bordado russo, feito com técnicas de costura em cruz. Para contrabalancear essa referência artesanal, Rashid também se inspirou na tecnologia para resolver o padrão do revestimento das paredes com formas orgânicas: as ondas de som, dados e informações abraçam e envolvem o cliente. O papel de parede também chega ao forro, com um desenho customizado por Rashid. No piso, o mármore original teve de ser mantido. Entretanto, como convém ao ousado designer, tapetes coloridos foram colocados em pontos estratégicos.







O espaço também é preenchido com formas de cápsulas coloridas, definidos como blobjects, eles expressam dinamismo, profundidade, movimento e emoção e são resultado da exploração das ferramentas oferecidas pela tecnologia digital. A sensação é a de andar em um labirinto de obras de arte em grande escala.







“Os clientes sentem-se como se passeassem por uma floresta orgânica urbana, criando uma experiência multissensorial e memorável, diferente de qualquer outro ambiente comercial no mundo”, afirma Rashid.

Um dos destaques do projeto é o bar, em cores vibrantes que localiza-se dentro da loja. Apesar de estar incorporado com muita beleza ao espaço, ele também funciona de forma autônoma. Os assentos desse ambiente são revestidos em vinil resistente produzido na Itália. Os demais sofás são estofados com lã. Nesse estabelecimento de sensações múltiplas, a cultura juvenil urbana encontra-se com valores locais russos para sintetizar um conceito mais global. Com tanto dinamismo, o desejo de retornar (função extremamente necessária ao varejo) está garantido.



sábado, 21 de agosto de 2010

Linguagens Multissensoriais - LABIRINTOS

Segue abaixo link para download do exercício em pdf:

http://www.megaupload.com/?d=A94MYC61

Sala Multisensorial






O serviço de telemarketing da APAE começou uma nova campanha neste mês. A proposta tem como objetivo conseguir recursos para desenvolver o projeto de terapia SNOEZELEN, que consiste em uma sala multisensorial.

O espaço é todo equipado com material sensorial, ou seja, luzes, cores, textura, aromas, sons, entre outros equipamentos diversos. O trabalho a realizar neste ambiente multisensorial permite que se desenvolvam várias habilidades e também sentidos de paladar, visão e audição que são fundamentais para o aprendizado. Promove ainda efeitos terapêuticos e pedagógicos positivos alcançando auto-controle, autonomia, desvia o estresse, a agressividade e depressão.

A sala será destinada especialmente para atender bebês prematuros, crianças com deficiência, hiperatividade, portadores de paralisia cerebral e idosos.
"A contribuição de todos é fundamental para a execução de mais este projeto da APAE sempre voltada a melhor atender o seu público alvo", afirma a entidade, a qual espera contar com a colaboração de todos os contribuintes, os quais, podem recorrer a APAE para informações adicionais. A campanha terá duração de seis meses e a pretensão é que a sala esteja pronta e funcionando até o final deste ano.

Ambientes como esse despertam o estímulo sensorial, o que ajudará, acredito, principalmente crianças com deficiência a se desenvolverem, atuando em todos os sentidos.

Alguns benefícios que a sala poderá trazer:
Promove o relaxamento, lazer e diversão;
Estimula os sentidos primários;
Permite a exploração, descoberta, escolha e a oportunidade de controlar o ambiente;
Aumenta a compreensão do utente em relação ao gosta/não gosta;
A variedade de atividades permite explorar as necessidades bem como as preferências;
Incentiva o movimento e a motivação;
Motiva para a aprendizagem;
Facilita a libertação de stress;
Promove a consciência da equipa técnica sobre a importância dos sentidos primários;
O uso de equipamento sensorial pode ser benéfico para todas as idades e diagnósticos.

Arte, Tecnologia e Sensorialidade



O que a arte moderna e a sensorialidade trouxe de herança para o modo de viver e consumir da atualidade?

O Conceito de "percepção digital" propõe pensar a sensibilidade nas sociedades tecnológicas. Pensar as relações entre a sinestesia e a cultura contemporânea implica levar em conta a questão da percepção em suas relações com o sentido de nossa experiência: suas relações com a cultura, e, tratando-se de uma cultura mais e mais tecnológica, a questão da tecnologia.

Hoje é possível perceber a unidade entre sensação e pensamento. Um estímulo, por menor que seja, desperta nas pessoas sensações diversas e isso, muitas vezes, depende de experiências passadas. Qual o cheiro da sua infância? Se pararmos para pensar para cada pessoa e resposta será única, pois esse tipo de sensação é relativo. Agora, muitas vezes também, podemos provocar determinadas sensações específicas nas pessoas e é esse o objetivo da comunicação e do marketing sensorial.

"Fácil notar as relações entre as próteses tecnológicas do olho humano com as quais se fizeram a história da imagem e da ciência moderna – telescópios, microscópios, perspectiva, câmera escura, fotografia, cinema, e as infoimagens produzidas pelo cálculo informacional. A cada uma destas tecnologias corresponde um modelo de conhecimento, um momento da cultura, de que estes diferentes suportes participam, os quais em alguma medida operacionalizam e também, em grande medida, exprimem. Ler a história das tecnologias da imagem em suas relações com o pensamento moderno é tarefa hoje simples: o estabelecimento da noção de ponto-de-vista, sua consolidação num conceito ideal de sujeito, a mecanização da produção da imagem, o registro objetivo do movimento e da duração, o cálculo do real. Mais sutil, entretanto, é o modo como intervêm nos modos de perceber que fundam a cultura." (BASBAUM, 2007)



Emoção Art.Ficial 5.0


Uma forma de arte que se apropria das novas tecnologias, subvertendo seus usos, desafiando as razões para as quais foram criadas. Não importa se são artefatos conhecidos ou o retrato do que de mais avançado existe na ciência. Neste ano, na quinta edição da mostra, neurônios de rato reproduzidos em laboratório sentem os visitantes por meio de sensores e controlam, lá dos Estados Unidos, braços de robôs que a lápis desenham em tubos de PVC instalados em plena Avenida Paulista. E tudo isso feito para ser arte: tecnologia criada comercialmente mas utilizada para surpreender, provocar e emocionar.

E como toda arte que merece esse nome, as obras da bienal não precisam ser entendidas. As exposições são abertas a todos: desde crianças e leigos, que se divertem e interagem, passando por quem aprecia a beleza poética de muitos trabalhos, até quem compreende a complexidade de softwares e máquinas que parecem ter intenção e vontade próprias.

Agora, em 2010 a bienal é norteada pela noção de autonomia cibernética, pela evolução de regras e padrões derivados dos comportamentos emergentes das próprias máquinas. Grosso modo, é como se as máquinas percebessem que seu próprio comportamento leva a coisas vantajosas ou prejudiciais aos seus objetivos. Com isso, podem mudar de ideia e agir como se tivessem “personalidade”.

Caracolmobile por Tania Fraga (Brasil, 2010)



Um organismo artificial, semelhante a um caracol, tem a capacidade de reconhecer diferentes estados emocionais humanos, respondendo a eles de modo expressivo por meio de sons e movimentos. A obra é inspirada na computação afetiva, campo de pesquisa cujo foco é a interação “psíquica” entre humanos e sistemas artificiais.

Hysterical Machines por Bill Vorn (Canadá, 2006)



Cinco robôs artrópodes movimentam-se de forma orgânica mas brusca: um comportamento inesperado, já que é realizado por máquinas que, supostamente, deveriam ser apenas funcionais. O objetivo da obra é induzir a empatia do espectador a entidades robóticas, que de fato são mais do que um punhado de estruturas metálicas.

Bion por Adam Brown e Andrew H. Fagg (Estados Unidos, 2006)



Uma rede de sensores é ligada a cerca de mil dispositivos que gorjeiam como seres vivos. Cada uma dessas “formas de vida”, chamadas “bion”, comunica-se entre si e reage à presença dos espectadores. O título da obra faz referência a um elemento energético biológico primordial, identificado como “orgone” pelo cientista Wilhelm Reich.


Fontes:

BASBAUM, Sérgio Roclaw. Percepção digital: sinestesia, hiperestesia, infosensações. São Paulo, 2007.
ARGAN, Giulio Carlo. As fontes da arte moderna. 1987.
Emoção art.ficial: bienal internacional de arte e tecnologia. 2010.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

"Penetráveis" de Oiticica

Esta obra marcou a fase sensorial de Hélio Oiticica, radicalizando a relação espectador - obra de arte.

A partir de 1960, Oiticica conceituou uma nova forma de trabalhar as artes plásticas, através da criação de Núcleos que seriam espaços de convivência, onde haviam, por exemplo, placas de madeira pintadas com cores quentes penduradas no teto por fios de nylon. Criou labirintos feitos de diversos materiais e texturas, cujo objetivo principal era a integração e deslocamento do espectador, que percorria pisando em areia, asfalto, terra, tecidos, cordas e plantas no que seria parte de uma experiência multisensorial. O nome "Penetráveis" se deu pois tratava-se de uma obra que deveria ser penetrada pelo espectador.


Tal obra foi causadora de polêmica, pois rompia com a maneira usual de contemplação estática de obras de arte, proponto uma apreciação sensorial mais ampla da obra, através do uso dos cinco sentidos (tato, olfato, audição, visão e paladar) e requisitando uma presença ativa do, até então, observador.

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Em 2009, o artista brasileiro Ernesto Neto, nos moldes de Oiticica, levou uma instalação interativa para ser exposta em NY. Com a possibilidade de interação em um ambiente multisensorial, a obra "Anthropodino", baseada nos artrópodes, possibilita ao espectador que se desloque entrando por túneis de tecido, onde estão penduradas bolsas cheias de temperos aromáticos, como canela, cravo e outros.

Além de exercitar o tato e olfato, os visitantes também podem voltar à infância, entrando em uma piscina de bolas de plástico.