A partir de 1960, Oiticica conceituou uma nova forma de trabalhar as artes plásticas, através da criação de Núcleos que seriam espaços de convivência, onde haviam, por exemplo, placas de madeira pintadas com cores quentes penduradas no teto por fios de nylon. Criou labirintos feitos de diversos materiais e texturas, cujo objetivo principal era a integração e deslocamento do espectador, que percorria pisando em areia, asfalto, terra, tecidos, cordas e plantas no que seria parte de uma experiência multisensorial. O nome "Penetráveis" se deu pois tratava-se de uma obra que deveria ser penetrada pelo espectador.
Tal obra foi causadora de polêmica, pois rompia com a maneira usual de contemplação estática de obras de arte, proponto uma apreciação sensorial mais ampla da obra, através do uso dos cinco sentidos (tato, olfato, audição, visão e paladar) e requisitando uma presença ativa do, até então, observador.
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Em 2009, o artista brasileiro Ernesto Neto, nos moldes de Oiticica, levou uma instalação interativa para ser exposta em NY. Com a possibilidade de interação em um ambiente multisensorial, a obra "Anthropodino", baseada nos artrópodes, possibilita ao espectador que se desloque entrando por túneis de tecido, onde estão penduradas bolsas cheias de temperos aromáticos, como canela, cravo e outros.
Além de exercitar o tato e olfato, os visitantes também podem voltar à infância, entrando em uma piscina de bolas de plástico.
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